O Dr. Oberle reuniu-se com representantes do Ministério do Ambiente brasileiro como João Paulo Capobianco, Secretário Executivo e os presidentes das agências ambientais Ibama, Rodrigo Agostinho e ICMBio, Marcelo Marcelino, bem como com os Ministros das Finanças, Fernando Haddad; Povos Indígenas, Sonia Guajajara; Agricultura, Carlos Favaro e Minas e Energia, Alexandre Silveira. 

As discussões centraram-se na necessidade de proteger 50 milhões de hectares de terras públicas não designadas para salvaguardar os direitos e a subsistência das comunidades indígenas, e para proteger a biodiversidade do Brasil de ameaças como a mineração ilegal e o desmatamento. A UICN está bem colocada para fornecer conhecimentos e apoio a estes esforços, incluindo a reconstrução de políticas e apoio às entidades ambientais.  

As principais vias para colaboração futura incluem: mais avaliações da biodiversidade brasileira na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da UICN™; aplicação sistemática dos princípios da Lista Verde de Áreas Protegidas e Conservadas da UICN às áreas protegidas do país; e trabalho conjunto para restaurar as terras degradadas. A UICN está também interessada em ajudar o governo com a sua proposta de trabalho para o G20 dedicada às Metas 18 e 19 do Quadro Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal.

"O Brasil é um parceiro de longa data da UICN cujas ações serão fundamentais para alcançar os objetivos globais de clima e natureza. Através das minhas reuniões com Membros e parceiros governamentais aqui, tive o prazer de reafirmar o apoio da UICN na realização dos objetivos de conservação do país, e de saudar fortemente os compromissos do Presidente Lula com o ambiente", disse o Diretor Geral da UICN, Dr. Bruno Oberle. 

O Diretor-Geral também se reuniu com o Comité de Membros Nacionais da UICN, incluindo a Presidente do Comité, Maria Cecília Wey de Brito do Instituto Ekos, e representantes da WCS Brasil, Ipê, WWF-Brasil e ISPN. Aqui as discussões centraram-se no reforço da colaboração entre os membros da UICN e no trabalho conjunto para influenciar a agenda ambiental nacional. 

"A visita do Dr. Oberle foi muito importante para reforçar os laços entre os membros da UICN do Brasil e a liderança do Secretariado. Mas ainda mais importante foi que, nas reuniões com o governo, foi acordada a necessidade de definir uma agenda comum com a UICN, com a colaboração do Comitê Nacional", disse a Presidente do Comitê Nacional Brasileiro de Membros da UICN, Sra. Maria Cecília Wey de Brito.

Juntaram-se ao Dr. Oberle durante toda a sua missão o Juiz Antonio Herman Benjamin, ex-Presidente da Comissão Mundial de Direito Ambiental da UICN (WCEL); Christina Voigt, Presidente da WCEL; e Gabriel Quijandría, Diretor Regional da UICN América do Sul. 

"Foi excelente reunir-nos com o governo e o Comitê Nacional, para identificar possibilidades de colaboração futura que apoiem a ambição da nova liderança brasileira de promover a conservação ao nível nacional, regional e global. O objetivo final é que a UICN esteja mais presente no Brasil e o Brasil mais presente na UICN", disse o Diretor do Escritório Regional da UICN para a América do Sul, Sr. Gabriel Quijandría.

A missão do Diretor-Geral constituiu uma oportunidade para reconhecer a importância estratégica do Brasil, não só como parceiro de longa data da UICN nos esforços de conservação, mas também para alcançar as metas de biodiversidade delineadas no Quadro Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal. Isto marcou um passo crítico no sentido de reforçar os esforços do país para construir uma forte agenda positiva para a natureza, e a UICN aguarda com expectativa o desenvolvimento do acima referido nos próximos anos.