Para o Painel do Rio Doce, o trabalho de restauração em curso traz oportunidades para estabelecer um modelo de governança mais responsivo e participativo para a Bacia do Rio Doce, que mire o longo prazo e garanta a continuidade dos esforços, mesmo após o fim dos programas implementados.

Levando em conta esses princípios, o Painel recomenda a construção, de forma participativa, de uma visão comum para o futuro sustentável da Bacia. Além disso, é necessário fortalecer as instituições governamentais e de gestão para que sejam capazes de prosseguir com o trabalho realizado pela Fundação Renova, garantindo a continuidade dos esforços de restauração.
Considerando a estrutura de governança dos recursos hídricos no Brasil, o Painel também recomenda o fortalecimento e o aumento da participação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce) nas ações de restauração, uma vez que reúne representantes do governo, do setor privado e da sociedade, e é a instituição responsável por elaborar e aprovar o Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia, atualmente em revisão.
Também é preciso ampliar a coleta e sistematização de dados, tornando-os públicos e disponíveis às comunidades, que, uma vez empoderadas, aumentarão sua participação nos processos decisórios.
Conheça todas as recomendações de ação para fortalecer a governança de longo prazo da Bacia do Rio Doce, publicadas no Relatório Temático 4: Da restauração à governança responsiva.