Story | 14 Fev, 2022

Avaliando os impactos do rompimento de Fundão nas áreas costeiras e marinhas

Especialistas se reúnem em cinco sessões de workshop para discutir os impactos costeiros e marinhos causados pelo rompimento da barragem de Fundão em 2015.

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Photo: IUCN/Rio Doce Panel

A lama de rejeitos que atingiu o Rio Doce em 2015, percorreu centenas de quilômetros até chegar ao Oceano  Atlântico, desaguando na praia de Regência, em Linhares, ES. Além da proibição imediata da pesca na foz do rio, outras atividades econômicas essenciais para região foram interrompidas. Comunidades tiveram seu abastecimento de água suspenso, e os rejeitos causaram danos severos aos ecossistemas marinhos e terrestres, com possíveis reflexos na saúde humana, ainda não determinados cientificamente.

Para orientar uma avaliação mais abrangente destes impactos, o Painel do Rio Doce está trabalhando em uma abordagem metodológica que poderá auxiliar as equipes técnicas no detalhamento e extensão dos efeitos causados pelo desastre. O trabalho poderá também guiar futuras medidas para a gestão e monitoramento da biodiversidade das áreas costeiras e marinhas da bacia do Rio Doce.

Como parte desse processo, durante os meses de janeiro e fevereiro, os especialistas do Painel, representantes de diferentes áreas técnicas da Fundação Renova e consultores da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) se reuniram em workshops para discutir as possíveis metodologias a serem utilizadas para melhorar o trabalho de identificação e direcionar melhor ações de mitigação no longo prazo, assim como assegurar sua continuidade.

 A metodologia irá subsidiar a Fundação Renova no desenvolvimento do Sistema de Gestão de Impactos da Reparação (SGIR), e também auxiliar o trabalho junto a Câmara Técnica de Biodiversidade do CIF (CT-Bio) para permitir uma avaliação e melhoria contínua do Programa de Monitoramento da Biodiversidade Aquática.

Durante os encontros, as equipes técnicas fizeram um exercício de aplicação da metodologia que possibilitou avaliar os impactos a partir de uma abordagem mais abrangente e trocar impressões sobre os diferentes pontos de vista de um mesmo impacto. A metodologia será apresentada em novo relatório do Painel do Rio Doce a ser publicado no segundo semestre de 2022.