Riscos de supressão de fluxos naturais em um sistema fonte-mar: O caso da Lagoa de Juparanã, Espírito Santo, Brasil
Autores: F.A.R. Barbosa, L. Alonso, M.C.W. Brito, F.V. Laureano, P. May, L.E. Sánchez and Y. Kakabadse
Resumo: Este documento examina os riscos ambientais e sociais de manter uma represa entre o Lago Juparanã e seu conector, o Rio Pequeno.
A Lagoa Juparanã é a maior de várias lagoas marginais localizadas na parte inferior da planície costeira do Rio Doce. As conexões entre as lagoas marginais e seus rios principais garantem a renovação das águas lacustres e servem como mecanismo natural de enriquecimento dos nutrientes das lagoas e do rio após a subi-da e descida das águas.Originalmente, a Lagoa Juparanã se ligava ao Rio Doce pelo Rio Pequeno.
Após o rompimento da Barragem de Fundão e o transbordamento dos rejeitos, foi construída uma barragem temporária no Rio Pequeno para evitar que os rejeitos do Rio Doce contaminassem a lagoa. A barreira interrompeu os fluxos naturais, interferindo nos processos físico-químicos e biológicos que dependem da troca de águas entre a lagoa e o rio.
As barreiras prejudicam as trocas de água, sedimentos e organismos, afetando a biodiversidade e a qualidade da água. No caso de Juparanã, a barragem temporária também causou a inundação do entorno nos períodos de chuva, afetando as comunidades, apesar de aumentar também a disponibilidade de água para irrigação.
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